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ENCONTRO NA UFRN ABORDARÁ QUESTÕES INDÍGENAS

Na próxima quinta (16/02), no auditório da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ocorrerá a VI Aula Magna do Curso de Direito . Na ocasião estarão presentes os palestrantes: professor José Humberto Góes Jr. - advogado popular dos indígenas do Santuário dos Pajés, em Brasília (local sagrado que vem sendo ameaçado pela especulação imobiliária); o morubixaba Manoel , da Aldeia Trabanda (Sagi / Baía Formosa, litoral sul do Rio Grande do Norte) - que abordará questões referentes aos conflitos de terra que atualmente envolvem a aldeia (a imobiliária Bezerra Imóveis está tentando grilar as terras em que vivem os índios do Sagi, para vendê-las a europeus interessados em construir um resort); e o professor Alcides Sales , da Fundação José Augusto - que apresentará aspectos de seu trabalho de resgate da cultura indígena no Rio Grande do Norte. No sábado último (11/02), a convite do morubixaba Manoel, estive na Aldeia Trabanda, com os indígenas do Sagi. Junto a um grupo de pes...

SOBRE A MEMÓRIA INDÍGENA NO CATU DOS ELEUTÉRIOS

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Para que eu não esqueça uma boa conversa... Sábado passado, finalmente, tive tempo para ir visitar alguns bons amigos e amigas no município de Canguaretama (litoral sul do Rio Grande do Norte). Nem todos pude ver, é verdade. A saudade continua imensa... Entretanto, o reencontro com algumas das que considero maiores personalidades do município foi ao mesmo tempo nostálgico e alegre. Durante minha caminhada, após ter ido à "Rua do Quadro" e encontrado dona Neta (uma das maiores mestras de "Mesa Espírita" - Catimbó Jurema - da zona urbana de Canguaretama); e após ter visitado a mestra Maria Fernandes - outrora responsável pelo Centro Espírita de Umbanda Caboclo Zé Pelintra e Caboclo Panema, peguei uma mototáxi e fui à comunidade indígena Catu dos Eleutérios, localizada entre os municípios de Canguaretama e Goianinha. Naquela noite tive a oportunidade singular de conversar com quatro veneráveis senhoras moradoras do Catu: Geralda, Silvina, Leonor e outra senhora cujo no...

II ASSEMBLÉIA INDÍGENA DO RIO GRANDE DO NORTE

Nos dias 22 e 23 de novembro ocorreu a II Assembléia Indígena dos Rio Grande do Norte. O encontro contou com a presença das comunidades indígenas: Katu dos Eleutérios (Canguaretama e Goianinha), Aldeia Trabanda (Baía Formosa - Saji), Mendonça do Amarelão (João Câmara), Caboclos e Banguê (Açu) e Tapuy'ya Tapará (Macaíba). No evento foram apresentadas reivindicações das comunidades, além de ter sido avaliada a primeira Assembléia Indígena do RN, realizada em 2009. Para outras informações sobre o evento, consultar os endereços: http://organizacaomutirao.blogspot.com/2011/11/ii-assembleia-dos-povos-indigenas-do.html e http://www.gefelipecamarao.blogspot.com/ Grande abraço do Tapuy'ya do Ganzá!

URUTÓPIÃG: A religião dos Pajés e dos Espíritos da Selva

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Faz pouco tempo que acabei de ler URUTÓPIÃG. Eis um bom livro, para quem tem interesse em se aprofundar na espiritualidade indígena. URUTÓPIÃG é a religião dos paié Saterê-Mawê (povo do tronco Tupi, que vive em um território fronteiriço entre os estados do Amazonas e do Pará). É uma das tantas Tradições Sagradas que teima em resistir, malgrado os mais de 300 anos nos quais catequeses católicas e protestantes investiram contra a cultura do povo Mawé e outras sociedades indígenas. Vejamos algumas palavras do autor do livro - o índio Yaguarê Yamã: "Esta é uma pesquisa feita por meio de conversas com pajés, os sacerdotes da religião antiga dos Mawés. Apesar de a área indígena Andirá-Maráw e suas vizinhanças estarem completamente cheias de leis cristãs desembarcadas nos primeiros contatos entre brancos e índios há 300 anos, quando os franciscanos portugueses implantaram a crença católica na Amazônia, e apesar de a cultura Mawé vir sendo novamente bombardeada a algumas décadas, dessa v...

REFLEXÕES SOBRE O MÊS DE SETEMBRO

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Caríssimos(as) internautas, peço-lhes desculpas por não ter postado, no mês de setembro, nenhum notícia. Acontece que meu computador está quebrado e é um tanto chato trabalhar em lan house. Porém, segue uma síntese do que fui capaz de acompanhar no mês que se passou - a respeito do movimento indígena norte-rio-grandense. Lembro, antes de tudo, que na virada das noites de terça para quarta (dias 11 e 12) de outubro, ocorreu um encontro indígena no Katu dos Eleutérios, que contou com a presença do Morubixada Manoelzinho da Aldeia Trabanda (Sagi / Baía Formosa), com a equipe do advogado das causas populares Luciano Falcão; e com um grupo de capoeira angola. No encontro realizamos o Ritual da Lua Cheia, seguido de um Toré Sagrado que se estendeu até as 2:30 da manhã. TODO APOIO AOS ÍNDIOS DO SAGÍ ! EMPRESÁRIOS ESTÃO TENTANDO TRANSFORMAR A ALDEIA INTEIRA EM UM RESORT, VIZANDO OS LUCROS DA FUTURA COPA DO MUNDO EM NATAL ! NÃO PODEMOS PERMITIR QUE MAIS UM CRIME CONTRA OS POVOS TRADICIONAIS SEJ...

ENCONTRO INDÍGENA NA ALDEIA DO SAGI (BAÍA FORMOSA / RN)

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Ontem, dia 31 de agosto de 2011 (quarta feira), se reuniram, na Aldeia do Sagi (Baía Formosa / RN), indígenas do Katu dos Eleutérios (Goianinha - Canguaretama / RN) e Baía da Traição (PB). O encontro fraterno foi bastante proveitoso, tendo sido marcado por um jantar coletivo (apoiado pela prefeitura de Baía Formosa) e por três torés (ritual indígena) - o principal deles ocorrendo na quadra da comunidade, dirigido pelo Paié Chico Urubu, de Baía da Traição. Membros do Centro de Estudos Indígenas do Rio Grande do Norte (Natal / RN) também estiveram presentes, contribuindo com o fortalecimento dos laços culturais entre os Potiguara do litoral do Nordeste brasileiro. O TERRITÓRIO POTIGUARA SAJI TRABANDA ESTÁ AMEAÇADO! O Sagi é a última praia do litoral sul do Rio Grande do Norte. Os 75 ha que pertencem aos indígenas vêm sendo cobiçados pelo atual presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do RN - que afirma ser o propríetário das terras. Dez indígenas estão, por isso...

HOMENAGEM A FELIPE CAMARÃO

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No dia 24 de agosto (dia em que faleceu o Índio Poty, em 1648), na capital do Rio Grande do Norte, ocorreram eventos em homenagem ao grande guerreiro Felipe Camarão. Na rua Felipe Camarão - Cidade Alta -, por volta das 9:30 da manhã, o Centro de Estudos Indígenas do RN e os alunos do grupo de Toré e Cultura Indígena da Escola Irmã Arcângela (bairro do Igapó, pátria do Índio Poty) iniciaram as atividades realizando um cortejo em homenagem ao grande herói Potiguara. Após o cortejo, com a chegada de membros da comunidade indígena Mendonça do Amarelão (João Câmara / RN), em frente às lojas Poty Livros, foi a vez de apresentarmos nossa dança sagrada - o Toré - reunindo Igapó e Amarelão. Iniciamos e encerramos o Toré com uma linha de Catimbó coletada por Mário de Andrade, na décade de 1920, nós catimbós da Cidade do Natal, que é mais ou menos essa: Dão Felipe de Arcoverde Camarão, Camarão Pitú-Assú! Camarão é vingador! ... Camarão é vencedor! ... Camarão sanguinador! ...