FIM DE MÊS CONSTRUTIVO: NOTÍCIAS DO MOVIMENTO INDÍGENA NORTE-RIO-GRANDENSE
LANÇAMENTO DE LIVRO
A Fundação José Augusto está prestes a lançar um GLOSSÁRIO E BREVE GRAMÁTICA BROBO: a língua dos Tarairiu e Xucurú. Os Xucurú são índios Tapuy'ya que atualmente vivem no estado de Pernambuco. Sua língua nativa - o Brobo - é a mesma outrora falada por um dos grupos Tapuy'ya - os Tarairiu, ou Trarairu - cujos remanescentes ainda vivem no Rio Grande do Norte (lembremos que os povos Tapuy'ya possuíam, antes da colonização ter se efetivado em território brasileiro, outras línguas, faladas paralelamente ao Brobo).
A Fundação José Augusto está prestes a lançar um GLOSSÁRIO E BREVE GRAMÁTICA BROBO: a língua dos Tarairiu e Xucurú. Os Xucurú são índios Tapuy'ya que atualmente vivem no estado de Pernambuco. Sua língua nativa - o Brobo - é a mesma outrora falada por um dos grupos Tapuy'ya - os Tarairiu, ou Trarairu - cujos remanescentes ainda vivem no Rio Grande do Norte (lembremos que os povos Tapuy'ya possuíam, antes da colonização ter se efetivado em território brasileiro, outras línguas, faladas paralelamente ao Brobo).
Os principais responsáveis pela elaboração do livro e pelo resgate da língua Brobo são: o índio pernambucano Opkriêka Juruna Xucurú - que há anos vem trabalhando em prol da preservação da língua de seu povo - e os caboclos norte-rio-grandenses, membros da Fundação José Augusto: José Albano e Aucides Sales.
Lembremos que em 1755 as línguas indígenas foram proibidas no Brasil, por obra do reformador português Marquês de Pombal. Tal proibição, em muitas tribos, extendeu-se até a década de 1970. Um resgate desse nível é algo histórico e importantíssimo para a cultura dos índios do Nordeste brasileiro. Espero que os caboclos daqui, além do Guarany e do Tupi Antigo, passem a interagir vivamente e a reaprender mais essa língua ancestral, o Brobo.
PALESTRA SOBRE FELIPE CAMARÃO E CULTURA INDÍGENA
O já citado professor Aucides iniciou uma série de palestras em escolas do município (Natal). Através dessas palestras, difundimos a campanha através da qual lutamos para tornar o Índio Poti um herói da Pátria Brasileira (distribuição de revistas, coleta de assinaturas, etc.).
A convite de Aucides Sales, contribuindo com seus trabalhos de divulgação e resgate de nossa cultura, abordei, em palestra proferida sexta-feira (dia 27/05) para alunos e alunas do EJA da Escola Municipal José Albano, o tema: RELIGIÃO INDÍGENA, esclarecendo sobre o preconceito e as campanhas difamatórias realizadas ao longo dos séculos (por parte dos cristãos católicos e protestantes) contra a cultura, as tradições e a espiritualidade indígena.
DANÇA INDÍGENA NO BAIRRO DO IGAPÓ
O grupo de dança indígena da escola municipal Irmã Arcângela - escola localizada no bairro em que outrora esteve localizada a aldeia do Índio Poti - retomou suas atividades. O professor responsável pelo grupo, o caboclo Diego Akanguaçu, agora realiza atividades sobre cultura indígena no PROJOVEM. Assumi o lugar de Akanguaçu - eu, o Ka'a Tuba, em parceria com Iurupari, estou monitorando as atividades culturais ligadas à cultura indígena na citada escola.
Nosso grupo, entre os dias 27 e 29 de março, realizará uma aprestação do Toré (dança sagrada dos índios do Nordeste brasileiro) no IFRN, junto aos caboclos de Rio dos Índios (Ceará Mirim) e da comunidade Mendonça do Amarelão (João Câmara). Além disso, a equipe da escola Irmã Arcângela, dia 13/06, participará de uma petecada (campeonato de peteca, esporte de origem indígena), com alunos de outras escolas.
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