TUPI: NOSSA VERDADEIRA LÍNGUA (PARTE I)
Até 1755, as línguas mais faladas no litoral brasileiro eram as do Tronco Linguístico Tupi-Guarany. Os europeus que aqui chegavam desde o século XVI, interessados em pau-brasil, búzios, encontrar ouro e prata - viessem de Portugal, da França ou da Espanha -, inevitavelmente deveriam aprender, pelo menos, algum dialeto Tupi ou Guarany. Entretanto, à medida que o processo de colonização penetrava o sertão, os europeus precisavam aprender outros dialétos (havia várias línguas Tapuy'ya - o Brobó e o Kiriri são exemplos).
Em 1755, porém, as línguas indígenas foram proibidas de serem faladas em solo brasileiro, devido às diretrizes de um português chamado Marquês de Pombal. Quem fosse encontrado pela repressão colonial dialogando em línguas indígenas, poderia ser condenado a vinte anos de cadeia. E assim, nossas "línguas~mães" foram sendo esquecidas, perdidas ou destruídas.
Malgrado a repressão intensa, que em alguns casos extendeu-se até a década de 1970, hoje, no Brasil ainda são faladas mais de 170 línguas indígenas.
Deixo algumas indicações bibliográficas para aqueles e aquelas interessados em conhecer melhor - ou até mesmo aprender a falar - nossas línguas nativas. O primeiro livro que cito chama-se MÉTODO MODERNO DE TUPI ANTIGO: a língua do Brasil dos primeiros tempos, de autoria do professor Eduardo de Almeida Navarro. Destaco a importância desse livro porque, havendo vários dialetos Tupi, o abordado nesse livro era o Tupi utilizado no nordeste brasileiro, a língua de Felipe Camarão e de Antônio Paraupaba. Hoje, o Tupi Antigo é considerado "língua morta", como o Grego Clássico e o Latim. Entrentanto, se hoje há falantes dessa língua, ela não está morta - embora encontre-se em "extinção".
O CURSO DE TUPI ANTIGO, escrito pelo padre A. Lemos Barbosa, é uma boa escolha para quem pretende conhecer o essencial da língua.
Embora seja raro encontrar um bom dicionário de Tupi, dois são um tanto interessantes, embora não muito bons: o DICIONÁRIO DA LÍNGUA TUPI: chamada língua geral dos indígenas do Brasil (tupi-português), de Gonçalves Dias; e o DICIONÁRIO TUPI PORTUGUÊS: com esboço de gramática de tupi antigo, de Luiz Caldas Tibiriça.
Como no Rio Grande do Norte esse material é difícil de ser encontrado, uma opção para os estudantes são os sebos virtuais (procurar no site "Estante Virtual"). Semana que vem continuarei este assunto. Direi alguns links que facilitaram o estudo tanto das línguas quanto das culturas indígenas.
Que Tupana te Abençoe sempre e cada vez mais, com muita Paz, Saúde e Amor.
vi essa materia http://info.abril.com.br/noticias/internet/2014/05/bolivianos-traduzem-facebook-para-idioma-aimara.shtml
ResponderExcluirbem que poderia fazer com o tupi