MOVIMENTO INDÍGENA NO LITORAL NORTE-RIO-GRANDENSE

NOTÍCIAS RÁPIDAS: TORÉ NA ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCA FERREIRA


Hoje, na Escola Municipal Francisca Ferreira (Natal / RN), o Grupo de Estudos Indígenas do Igapó realizou mais uma apresentação cultural. Por volta das 9:30 da manhã chegamos à citada escola: Eu, Tapuy'a do Ganzá; o membro da Fundação José Augusto, professor Alcides Sales; e o professor de Guarany e estudante de Ciências Sociais, Diego Akanguassu; seguidos por um grupo de kunumimguassu (rapazinhos) da Escola Municipal Irmã Arcângela.


Começamos nossa apresentação cantando algumas músicas embaladas por flauta cabocla, guarara (tambor) e maracás - músicas presentes nos rituais sagrados de índios e caboclos do Nordeste brasileiro, que tratam dos nossos ancestrais Curandeiros e Mestres Espirituais: Pilão Deitado, Potyra Mirim, dentre outros. Em seguida, dançamos o Toré: dança sagrada dos índios Tapuy'ya e Potiguara do Nordeste do Brasil.


Aproveitamos a ocasião para distribuir revistinhas em quadrinhos da campanha "Índio Poty, Herói Nacional" (campanha através da qual almejamos elevar o Índio Felipe Camarão ao cargo de Herói do Povo Brasileiro).

MANIFESTAÇÃO NA CÂMARA MUNICIPAL DOS VEREADORES


Após nossa apresentação, as crianças da Escola Irmã Arcângela foram para casa mas nós migramos à Câmara Municipal dos Vereadores. Iríamos dançar o Toré na Câmara, que há dias vem sendo ocupada por dezenas de manifestantes de movimentos e partidos diversos que exigem que a prefeita Micarla de Souza seja colocada para fora da prefeitura municipal de Natal, devido a uma série de irregularidades em sua administração.


Ao chegarmos na Câmara, ninguém podia entrar ou sair antes da chegada da polícia. Um desembargador havia anulado o Habeas Corpus que nos permitia ocupar o prédio público até, no mínimo, terça feira (14/06). Um grupo de cerca de 100 manifestantes estava aos arredores do edifício, protestando contra essa e outras medidas arbitrárias. Juntamo-nos ao grupo, já que havia sido citada a possibilidade da polícia ir desocupar o local.


Em pouco tempo, porém, conseguimos entrar, junto a vários movimentos: as portas foram abertas, a polícia não precisou ser incomodada e todos entramos pacificamente na Câmara: partidários, apartidários, Movimento Sem Terra, Caboclos... TODOS exigindo uma melhor cidade, uma cidade na qual a palavra DEMOCRACIA realmente tenha sentido ao ser citada. Cantamos umas linhas de Toré junto a manifestantes e distribuímos mais revistinhas da citada campanha do Índio Poty.


Deixamos claro que nós, caboclos, não aceitamos a falta de transparência da administração Micarla de Souza, muito menos concordamos com as trapaças de seu mandato e seus acordos com igrejas protestantes. Políticos da linha do Bispo Francisco de Assis (Igreja Universal), Edvan Martins (presidente da Câmara Municipal) - cacique traidor do povo Potiguara -, Kalazanas (que o próprio nome já deixa claro: "calote"), Thalita Moema ("Moema", em Tupi e Guarany, quer dizer "Mentira"), Salatiel, dentre outros, são desses que misturam religião e política tendo por fim nada mais que CORRUPÇÃO.


Engrossando o time dos destruidores de seres humanos e de Tradições Culturais, dos devastadores da fauna e da flora (A presidente Dilma autorizou a construção da Hidroelétrica de Belo Monte, que ira remover no mínimo 40.000 indígenas de áreas do Xingu e inundar cerca de 400.000 hectares de florestas; A governadora Rosalba foi a favor do novo código florestal), entra Micarla e sua trupe do mal. Traidores do povo brasileiro No Pasarán!

Comentários

  1. O pior, meu caro, é a sensação de que toda nossa indignação não dará em nada. Espero que não.

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